CONTROLE IN VITRO DE Penicillium digitatum COM EXTRATO VEGETAL DE Bidens pilosa L.
Resumo
As doenças pós-colheita são um dos maiores problemas enfrentados na comercialização de citros, sendo uma das mais recorrentes o bolor verde, causado pelo fungo Penicillium digitatum. Esta infecção fúngica pode afetar a quantidade e qualidade dos frutos. Devido ao impacto ambiental dos fungicidas, há uma busca por substitutos de interesse econômico e ecológico, tais como os inseticidas naturais, que podem ser utilizados no controle de doenças na pós-colheita. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito fungitóxico do extrato de picão preto (Bidens pilosa L.) no controle in vitro de P. digitatum. O isolado foi obtido através do isolamento de lesões características do bolor verde em frutos de laranjas pera. O efeito fungitóxico dos extratos foi avaliado determinando-se a percentagem de inibição do crescimento micelial (PIC), percentagem de inibição da esporulação (PIE) e percentagem de inibição de conídios germinados (PIG). O PIC foi testado em placas de Petri contendo meio batata- dextrose-ágar (BDA), acrescido das concentrações de 5, 10, 15 e 25% do extrato. As placas foram incubadas em câmera de crescimento BOD a 25 + 2oC com fotoperíodo de 12 horas. Houve maior influência sobre a percentagem de inibição do crescimento micelial, esporulação e a germinação de conídios do fungo na concentração de 25%, com inibição de 84,24%; 97,79% e 96,35%, respectivamente. O extrato de picão preto apresentou grande potencial fungitóxico sobre o fungo P. digitatum, pois interferiu negativamente em sua atividade fisiológica in vitro. O extrato de picão preto pode ser usado como uma alternativa ao controle pós-colheita de P. digitatum.
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